quinta-feira, julho 31, 2008


CONTEMPLO o lago mudo
Que a brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.


O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê - lo.
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê - lo.


Trémulos vincos risonhos
Na água adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?


Fernando Pessoa y Charca do Monje 1, Foto de Ángel Durán

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